Padre Antônio Vieira: quem foi, biografia resumida e obras
Antônio Vieira foi um padre jesuíta e escritor que atuou em defesa dos indígenas no Brasil Colonial.
Antônio Vieira: importante jesuíta na história do Brasil
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Biografia resumida e ações em defesa dos indígenas
Antônio Vieira foi um padre jesuíta português que veio morar no Brasil, na Bahia, ainda muito novo. Ele nasceu na cidade de Lisboa, em 1608. Com 15 anos, padre Vieira entrou para a Companhia de Jesus.
Padre Vieira foi um grande defensor dos indígenas brasileiros. Grande parte do seu trabalho foi voltado para as atividades missionárias, principalmente no tocante à catequização dos indígenas brasileiros. Para essa atividade, chegou a escrever catecismo em língua indígena, para obter melhores resultados.
Denunciou também, em alguns dos seus sermões, as desigualdades sociais e injustiças da sociedade colonial brasileira do século XVII. Chegou também a fazer críticas à Inquisição e a perseguição aos judeus em Portugal.
Ele ficou muito conhecido também por ter escrito diversos sermões, tornando-se assim um importante representante da Literatura Brasileira do período colonial. É considerado também um dos mais importantes oradores, em língua portuguesa, do século XVII.
Padre Vieira também atuou como ministro do rei de Portugal, atuando em Paris, Roma e Haia.
Padre Antônio Vieira faleceu em 18 de julho de 1697, aos 89 anos, na cidade de Salvador (Bahia).
Principais obras (sermões):
- Sermão da Sexagésima (1655): trata da eficácia da pregação e do verdadeiro papel do pregador, criticando aqueles que se preocupam mais com a forma do discurso do que com a transmissão genuína da mensagem cristã.
- Sermão da Quinta Dominga da Quaresma (1654): aborda a ressurreição de Lázaro como metáfora para a conversão espiritual, enfatizando a necessidade da fé e do arrependimento para alcançar a salvação.
- Sermão pelo Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda (1640): discursa sobre a luta entre Portugal e os holandeses no contexto da Restauração, defendendo a guerra como um dever cristão e patriótico em nome da fé e da soberania nacional.
- Sermão do Bom Ladrão (1655): reflete sobre a justiça e a corrupção, utilizando o exemplo do ladrão arrependido crucificado ao lado de Cristo para condenar a impunidade entre os poderosos e alertar sobre os perigos do pecado.
- Sermão de Santo António aos Peixes (1654): critica os vícios e a corrupção da sociedade colonial portuguesa, utilizando a metáfora dos peixes para repreender a hipocrisia e exaltar a virtude da verdadeira fé cristã.
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Padre Antônio Vieira catequizando indígenas brasileiros no Brasil Colonial. |
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Artigo publicado em 22/10/2019 e atualizado em 12/03/2025
Por Jefferson Evandro Machado Ramos
Graduado em História pela Universidade de São Paulo - USP (1994).
Fontes de pesquisa utilizadas na elaboração do artigo:
GOUVEA, Maria de Fátima. O Brasil Colonial. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. A Época Colonial. São Paulo: Bertrand Brasil, 1989.